sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Alguns comentários sobre ilusão!

A ilusão tem sempre o poder de tornar nossa vida mais suportável. Presente como uma promessa de prazer, felicidade ou durabilidade, quando se revela decepcionante, temos a desilusão. Parecem pares de opostos, mas são a mesma coisa, são sinônimos mais do que antônimos, porque fazem parte da vida, uma mesma vida, que nos traz os sonhos a que almejamos e a decepção diante da impossibilidade de realizá-los .
Nada há mais decepcionante do que ouvir de alguém que o amor não existe, que a felicidade não existe. Serão sempre estas expressões de quem teve uma decepção amorosa, ou talvez de quem tenha grandiosos sonhos de felicidade que não cabem dentro do âmbito da realidade, do realizável.
Seria o mesmo que eu dizer que o dinheiro não existe, porque não o tenho, ou o tenho não suficientemente. Ou porque não lido bem com ele. Em matéria de dinheiro, tenho um rol de decepções muito grande. O dinheiro, para mim, tem sido, há muito tempo, aquela relação entre débito e crédito, contemplada em meus extratos bancários. E sempre mais débito do que crédito. É fictício, irreal, a não ser por algumas vezes em que tenho nas mãos aqueles bonitos papéis coloridos e aqueles pedaços circulares de metal com belas gravações, coisas essas que desaparecem logo, sempre quando quero trocar por alguma coisa, de preferência alguma coisa que me dê satisfação.

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